Você sabe o que é Beta-Caseína A1 A2 ou beta-casomorfina-7 bovina (BCM-7)?
Ou já ouviu falar que uma pessoa intolerante à lactose ou a proteína do leite pode consumir leite de cabra ou de ovelha sem sentir nenhum sintoma ou desconforto?
A caseína é a principal proteína do leite, se constituindo em 80% da proteína encontrada no leite de vaca.
Em meados do ano 2000, o National Institutes of Health, nos EUA, pesquisou e demonstrou que muitas pessoas que relatam ser intolerantes à lactose não apresentam nenhuma evidência de malabsorção de lactose. Sendo assim, seria improvável que as causas dos sintomas gastrointestinais apresentados por elas estejam relacionados à lactose.
As beta-caseínas pode estar presentes em duas variantes: A1 ou A2.
No processo digestivo do leite, a ação das enzimas intestinais sobre a beta-caseína A1 gera a beta casomorfina 7 ou BCM-7 (estrutura semelhante a morfina), o que não ocorre no processo digestivo da beta-caseína A2, resultando em reações alérgicas.
Foi observados que muitos que possuem intolerância ao leite de vaca, não apresentam os sintomas característicos quando consomem leite de cabra ou ovelha, que não contém a beta-caseína A1, apenas a A2.
Todos os mamíferos produzem a beta caseína A2 (mulher, égua, cabra, camelo… que não geram intolerâncias).
No passado, o leite de vaca apresentava apenas a proteína chamada beta caseína A2, porém houve uma mutação genética e coincidentemente foram as que mais se proliferaram pelo mundo. Esta mutação gerou uma nova proteína chamada beta caseína A1 hoje prevalente na maioria das vacas leiteiras europeias.
O professor Dr. Woodford da Universidade de Lincoln, na Nova Zelândia vem examinando estudos populacionais e pesquisas com animais e seres humanos. A beta casomorfina 7 está associada à intolerância ao leite e várias doenças auto-imunes, como a diabetes tipo 1, que geralmente aparece na infância ou puberdade e provoca a inflamação dos vasos sanguíneos sendo associado seletivamente em células epiteliais das membranas mucosas, tais como o nariz e na garganta, o que pode estimular a secreção de muco .
Referencias:
http://morch.com.br/mutacao-da-proteina-do-leite/
European Journal of Clinical Nutrition (2005) 59, 623–631
Jianqin et al. Nutrition Journal (2016) 15:35
Molecules 2016, 21, 141
Nutrients 2015, 7
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